segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

sonhos impossíveis, transtornadores.

O paraíso é impossível de ser alcançado. Tocar na lua é impossível. Chegar com o cotovelo à boca é impossível. (…) Tu és impossível. Tens apenas uma única excepção. É que em sonhos, consigo alcançar-te.
O cenário era o mais habitual de sempre. Os três sofás às cores; os móveis modernos, castanhos; o plasma; o recuperador de calor (como se fosse necessário estar ligado… o calor que me transmites é insuportável, faz-me suar); o “tapetão” vermelho e preto amassado pela mesa de centro castanha… E tu encontravas-te meio deitado num dos dois sofás mais pequenos. – Isso não é de todo habitual. Aliás, nunca estiveste dentro da minha sala, nem tão pouco deitado num dos meus sofás. Tinhas contigo uma capa de micas. Pedi-te que ma deixasses ver. Deixaste. E, mais uma vez, não querendo ser repetitiva, isso não era teu habitual, preferes ‘gozar’ comigo e fazeres-me implorar-te coisas, aliás, gostas de me ver amuada. Eram fichas de avaliação… até que encontrei uma cartolina querendo imitar um livro. Na ‘capa’ dizia: ‘GOSTO DE TI’ com um coração bem redondo e perfeito de cor vermelha. Com curiosidade abri-a. De um lado tinha um texto que outrora tivera feito para ti, aliás, um dos que postei no meu blogue e que tu leste. No fim tinha uma foto nossa. Do lado oposto encontrava-se um texto que tu fizeste para mim (um texto que eu nunca tivera visto e, que na realidade nunca vi). Começava desta forma: «Ela acha que não a amo, mas a verdade é que a amo, e muito. Ela não o sabe, não o imagina MESMO! (…)» Na parte inferior central do texto estava a minha fotografia mais caricata (tinha tinta cor-de-laranja na face e estava com ar de ‘traquina’). – Sorri. Sorri de tal forma que nunca imaginei ser possível. Caiu-me a primeira lágrima pelo olho esquerdo. – Percorreu toda a minha cara e só parou no canto esquerdo dos meus lábios. Logo de seguida caíram a segunda, terceira, quarta, quinta (…) lágrima. Eu estava, sem dúvida, naquele momento, a chorar. A chorar e a rir ao mesmo tempo! Não conseguia parar de sorrir e muito menos de chorar. O fresco impossível de ser sentido dentro daquele cenário de calor estava agora a ser percorrido por todas as veias do meu corpo; era tão fresca a sensação, que trespassou os milhares de células que tenho! As que estavam mortas encontravam-se agora ressuscitadas e bem vivas. Eu estava, realmente FELIZ. Foi então que somente num impulso me levantei do sofá grande, dei dois passos e coloquei a minha face sobre a tua. Estavas a sorrir igualmente. Não te conseguia ver, mas sentia a tua respiração ofegante. Estavas, sem dúvida, em busca dos meus lábios. Não eras o único. Eu procurava o mesmo – os teus lábios. Sentia-te tão perto, sentia a tua respiração cada vez com maior velocidade, nada em nós era constante. TODOS os nossos sentidos, sensações… estavam de veras a aumentar de forma não uniforme! Era impossível pararem-nos, no momento só nosso…
Acordei. Acordei antes de poder sentir os teus lábios tocarem nos meus. – Sorri. Abri os olhos e o sorriso tivera-se transformado em lágrimas. Não, não podia ser! Não podia ter passado de um sonho, de mais um. Eu tinha a certeza que era realidade. Até que percebi que estava enganada. Nada se tivera passado, a não ser uma noite de emoções fortes, não, não fortes, mas sim fortíssimas.
A forma como te amo não se mede. Está cada vez mais difícil controlar esta ‘droga’ que és tu. És um ser imperfeitíssimo. Contigo percebi que: «não aprendemos a amar quando encontramos a pessoa perfeita, mas sim quando aprendemos a acreditar na perfeição da pessoa imperfeita.» E tu, para mim, és perfeito, mesmo com os teus grandes defeitos. Estás sempre a dizer-me: «nada nem ninguém é perfeito.» Enganas-te.
Tu és, mas com as tuas imperfeições.
Odeio-te (só para não dizer que te amo).

6 comentários:

  1. amei :$
    tá lindo, tá maravilhoso, tá perfeito, asserio. identifiquei me mais com esse sonho, do que tu possas imaginar.. acredita ._.

    beijinhos **

    ResponderEliminar
  2. Cada palavra tua é um mar de emoções :)*

    ResponderEliminar
  3. a daniela disse o que eu pensava em menos palavras, mas pronto. de nada , amor.

    ainda bem que gostas-te fico muito feliz, ahah

    ResponderEliminar
  4. Muito obrigado Joana $:
    Ainda bem que gostas do que escrevo, pois é tudo do coração.

    Quanto ao teu post:
    Só te faltam os parágrafos. E compreendo tão bem esse sentimento de dor misturada com prazer. É amar e não poder, quase. É tentar e não conseguir. É medo de tentar. É tudo.

    Como costumo dizer: «Odeio-te por me fazeres amar-te tanto», acho que se pode aplicar aqui.

    Um grande beijinho*

    ResponderEliminar
  5. O mesmo de sempre :P eu não gosto mt do Natal, por isso... É muita hipocrisia, além de que faz-me lembrar aqueles que já não estão connosco.

    ResponderEliminar
  6. Muito simpática $:

    Quando te falei em parágrafos queria apenas dar a entender que o texto fica cansativo estando todo junto pois misturas muita coisa, no entanto lê-se bem.

    Um feliz ano de 2011.

    ResponderEliminar